segunda-feira, 19 de abril de 2010

Review de WWI: The Great War para PC























Prólogo


Enquanto isso, um primo perdido do Age of Empires nasce...e morre depois de dar alguns suspiros.

História


Jogos da segunda guerra já estão saturados no mercado, e ainda há muitos para vir (a maioria com o mesmo gosto, ou completamente sem sal), mas a primeira guerra ultimamente tem se tornado um novo padrão para games no mercado, é nisso que WW1: Battlefield entra, em 2002 falar sobre a primeira guerra em games ainda era muito raro (ou praticamente inexistente), foi aí que a empresa ''Buka'',que fez o game Dusk12 (péssimo por sinal) e também o não muito famoso ''Agression'' (razoavelmente bom) ajudou na criação deste interessante game, que passa ao jogador em clima de estratégia básica as batalhas da primeira guerra, mas talvez esse game devesse ter recebido uma atenção maior da produtora (que por sinal o game nem consta no catálogo de seu site, que também não deve durar muito).

Jogabilidade:


WW1 (World War 1: Battlefields ou Entente se quiser) conta com a jogabilidade mais simples possível, colete suprimentos (comida, madeira, ferro), construa casas para sustentar a população, construa seu arsenal de guerra e vá para a batalha, o problema é que WW1 acaba sofrendo de uma doença grave, a falta de personalidade, o game parece mais um mod em baixa resolução de algum Starcraft somado a jogabilidade praticamente chupada do grande Age of Empires, os gráficos não são dos melhores e se o gamer não for um fanático por guerras (historicamente falando) não vai levar o game a sério, pois requer uma certa dose de cultura para o game ficar mais divertido (visto que é todo feito baseado em batalhas reais com histórias antes das campanhas), o game em si não é ruim, pode até viciar quem realmente não matou aulas de histórias pra jogar Counter Strike na lan-house, mas quem sempre tirava nota vermelha e bagunçava no fundão vai achar esse game um porre, por isso se você sempre tirava 10 e era o queridinho da sua velha professora talvez até goste.
A jogabilidade só muda em alguns aspectos de comando de tropas, como escolher entre atirar ou lançar granadas, armar ou desarmar os canhões (sim, são ''portáteis''), ou seja, dá até pra criar uma guerrinha boa se o gamer tiver um pouco de empolgação, com algumas explosões, cavalos correndo e soldados caindo como peões, mas nada que empolgue muito, talvez apenas pelo enredo rico (com direito até em uma área separada no menu que conta sobre as tropas, tanques, unidades e casas da época, um dos únicos pontos positivos do game), mas um ponto interessante é a variedade de unidades, o game se estende desde tanques, aviões até navios, é até bonito (eu disse bonito e não BONITO...ah deixa pra lá) ver uma guerra toda montada com aviões, barcos e tanques correndo (tá, se arrastando) que nem loucos pelo cenário, as campanhas são bem ricas e até tentam estimular o jogador dando várias tropas e mandado-o direto para o combate (sem enrolação de construir base), claro que o gamer vai ter que contar com jogo de cintura pra criar uma estratégia, nem sempre combater estilo ''Romano'' (manda uma tropa emcima da outra de uma vez) é bom e pode se converter em derrota instantânea para o jogador, visto que as unidades de infantaria morrem com um ou dois tiros (ok,um ponto para o ''realismo''), é sempre bom manter os canhões fora da vista do inimigo e jogar a cavalaria em cima com a infantaria cobrindo.
















Multiplayer:


Fraco demais, apenas o velho modo ''Skirmish'' (traduzindo na língua do gamer ''Se matem a vontade'') e esqueça servidores ou bots, o modo multiplayer morreu há tempos.


Áudio:


Nada demais, é até difícil falar, as vezes as unidades soltam frases, mas as vezes você vai se sentir como uma velha surda, fica apenas uma musiquinha irritante de fundo (que no começo é legal por ser de época, mas na quinta vez você tem vontade de jogar o monitor para fora),
foram feitos de som de baixa qualidade (os velhos BUM, pá pá de espoletas, quase igual o som tosco do game Blitzkrieg)., parece que os criadores apenas se preocuparam em colocar aquela musiquinha pensando que fosse passar batido, uma dica: jogue com uma música ligada, vai passar menos raiva.


Gráficos:


Feios, não de doer os olhos, mas...feios, vamos levar algo em conta, em 2004 tínhamos gráficos lindos como Doom 3, Riddick e Commandos 3 e os criadores trazem do fundo do baú (até para a época) gráficos de 1996, totalmente desenhados, o cenário mais parece pintado de aquarela borrada, os soldados mais parecem aqueles de 1996 de games como ''KKND'' mas maquiados, a mudança de resolução não surte efeito algum no game, apenas troca a posição da câmera, o CG do começo do jogo (filminho chato de início, para os hardcore da vida), é feia de doer, os bonecos são mal animados, a ''batalha'' mostrada parece um filme de comédia, os bonecos ''animados'' (sim, foi ironia amigão) parecem de borracha e caem parecendo soldadinhos de plástico, sinceramente se eu voltasse para 2002 eu encontraria CG's do Playstation 1 que deixariam esse no chinelo, até mesmo o grande CG de Age of Mythology pode ser citado. Os efeitos do game não passam longe, você se sente em 1995 jogando qualquer game de estratégia da época, as explosões até tentam ''forçar'' um 3D mas acabam mais parecendo grosseiramente massa de modelar, tudo é muito ''morto'', os soldados até arriscam ganhar vida, mas seus movimentos não são dos melhores, esqueça qualquer tipo de física, se soldado morreu? Opa, é só deitar de ladinho e jogar tinta vermelha embaixo, pronto! Morreu.
A quantidade de tropas até que é grande, você pode ter 1 até aproximadamente 150 soldados no seu controle, não é nenhum ''Supremme Commander'' da vida, mas com esse número dá até pra arriscar alguma batalha demorada, claro que com uma dose de entusiasmo particular, senão você vai jogar tudo em cima do inimigo e que se dane esse bando de sprites em baixa resolução, Os gráficos desse game são feitos em cima da engine do game ''Cossack'', mas claro, não foram aproveitados e mais aprece que os criadores se esqueceram de pagar os criadores da engine e usaram a versão DEMO de tão ruim que ficou, os cenário variam, mas são quase tudo a mesma coisa, as vezes tem uma ponte aqui ou outra ali, esqueça animais selvagens ou qualquer resquício de civilização, WW1 parece que se passa em uma dimensão alternativa tamanho é a sensação de desolação do jogador perdido em uma cenário vazio só com mato e água (claro, uma estradinha para disfarçar).

Uau, eu não sabia que em 1914 os cavalos eram do tamanho de uma árvore... Darwin ficou feliz.


Problemas, Problemas:


Você pensa que a sua namorada anda cheia de problemas? Isso porque ainda não arriscou esse game, o manual dele não fala nada, mas um rápido texto no bloco de notas chega a reportar 5 problemas fatais para o game, desde simples saída para o windows até tela verde, e claro, explicações rasas sobre ele, e caso o game te pegue em algum problema desse, faça como se fizesse com sua namorada, troque por outro(a) porque o game REALMENTE não vai rodar, é extremamente mal programado, mais feio do que sua namorada brigando com você na rua é esse game brigando com o Windows XP, parece que esse game não chega a um acordo com o nosso windows xp velho de guerra, sejamos sinceros, um game de 2002 ser completamente instável o matou por completo.

Dificuldade: Nível 5, talvez a maior dificuldade seja estabilizar o game.


Notas:


Jogabilidade: 6 (copiada, sem brilho algum, mas que flui normalmente, ponto para o tamanho das tropas)
Áudio: 4 (Você ficará com aquela música irritante na cabeça)
Gráficos: 2.5 (Você duvidará que esse game é de 2002)
Enredo: 9 (Nisso ele cumpre o que promete e é bem rico)
Diversão: 4 (Para os historiadores de plantão, reze para não dar bug)

Nota Final: 6,5

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